ABSTRAÇÕES

Me vi abstrato hoje, enquanto viajava pela cidade, numa viagem solitária. Percebi as formas, os sons, as cores, mas dum jeito diferente, sentia o vento no rosto e várias dúvidas dentro de mim, muitas eu sabia a resposta, mas não admitia. Uma amiga comentou o quanto estava me cuidando, de barba feita e tal... Naquele momento percebi que estou resgatando minha forma humana. Acho que finalmente comecei a abstrair. E agora? how far would you go?

SOBRE A HUMANIDADE

Às vezes me pego observando o homem mais a fundo, e confesso que ainda me assusto. Ultimamente tenho comparado o homem a uma espécie de câncer, muito pior que uma simples horda de gafanhotos que chegam, depredam e vão embora, se esquecendo que ao contrário dos gafanhotos, seus descendentes irão continuar aqui e em condições cada vez piores. E ainda assim é assustador o que estamos fazendo ao planeta. Se ser humano é isso, quero ir morar em marte. A HUMANIDADE É UM CÂNCER.

FATOS

ultimamente as coisas têm acontecido de forma mais intensa. Bem verdade que em parte eu estou provocando isso. aliás, tenho me 'burlado', (re)Descobrindo algumas coisas.
Por esses dias andei mexendo em algumas folhas amareladas pelo tempo e descobri muito coisa importante. Idéias, metáforas, conclusões, algumas coisas novas e outras nem tanto. Tenho que pensar a respeito, e organizar tudo.

FORMAS

Havia um tempo, ele estava tentando fazer uma reformulação geral em tudo à sua volta. Mudar as formas, as cores, os conjuntos. Fragmentos e espaços vazios. seus sonhos eram seus objetos, a vontade , sua arma. O caminho era longo e tinha que ser percorrido com calma, uma calma que lhe faltava. Sentia-se longe de si mesmo, mas ao mesmo tempo escondido no fundo daquilo tudo, como se fechado dentro de um mundo ideal, um mundo cômodo, tranqüilo, mas ao mesmo tempo perturbado. Um mundo no qual a distinção entre o real e imaginário era apenas um detalhe, aos poucos ia se lembrando de alguns fatos, e ia se sentindo estranho com tudo aquilo, era como se ele apenas informasse a alguém coisas acontecidas com alguém que ele nunca tivera conhecido, eram palavras incompreendidas, passeios por lugares estranho, fatos distantes, mas ao mesmo tempo familiares a ele. Aquela dicotomização era a chave para o problema. Enxergar a coisa toda como una, esse era o que ele buscava na naquele momento. Um quadro desses que você só enxerga se olhar de longe, mas ir longe do quadro era algo que ele temia ainda. Nunca tinha se afastado mais do que alguns passos e era exatamente isso que o fazia sofrer. Tinha medo, muito medo, medo de ficar sozinho, medo de ficar com as pessoas, medo de ficar fechado pra sempre, medo de se perder. Medo do que lhe diziam medo do que ele próprio fazia. Tinha medo dele mesmo, do que ele podia fazer. E do que não podia...