O HOMEM E A INTERNET

Chego a comparar o homem de hoje a um doente terminal, que, moribundo sobre um leito hospitalar, sobrevive devido somente aos aparelhos. O que vemos hoje é uma civilização vegetativa, uma civilização que insiste em afirmar que o mundo on line é o melhor lugar para se viver e se trabalhar, uma civilização que já não dá mais valor para o sentimento real. Cada vez que ligamos nossos computadores, esperamos receber toda informação necessária para nos mantermos vivos, nos dando a ilusão de que estamos interagindo com o mundo que nos cerca, sem perceber que, na realidade, estamos cada vez mais deixando de pensar para nos render a um padrão eletrônico de processamento de idéias pré-concebidas. A globalização, o avanço tecnológico e o crescimento da informática vêm cada dia mais prejudicando o homem de forma irreversível no que toca suas relações interpessoais. Com o advento do E-mail e da comunicação instantânea, banalizamos a emoção que há em nossos corações, nos tornando não somente meros impulsos eletrônicos num complexo corredor de chips e fios, mas num simples pedaço de carne sedento por emoções cada dia mais vulgares. Buscamos satisfazer nosso desejo de forma superficial através de salas de bate papo, sexo virtual, web cams e outros artifícios cada vez mais comuns hoje em dia, nos esquecendo de viver a realidade. Libertemo-nos da ditadura virtual que a Internet tem nos forçado a viver. Não sejamos mais apenas impulsos eletrônicos numa tela fria de computador. NÃO AO ADMIRÁVEL MUNDO NOVO. Vamos fechar um pouco a WINDOWS e abrir a janela. A vida lá fora é muito mais colorida que se pode imaginar. Resgatemos a VERDADEIRA ESSÊNCIA HUMANA que arde em cada um de nós. Já está na hora de encararmos a realidade que tudo isso não nos levará a lugar algum, que a saída para o mundo é a volta do contato interpessoal físico.

O MUNDO DE AKIRA

Há uns dias, li aqui na internet sobre um cientista russo que propõe que já em 2045 sejamos capazes de isolar tudo vivido pelo ser humano numa espécie de cartão de memória, ou algo do gênero, tipo um 'implante de memória. Não acham isso estranho, não? Imaginem um mega banco de dados, com as memórias de uma população inteira? O que não seria possível saber, fazer e aprender com tamanha quantidade e variedade de conhecimento? Imaginem, então, se juntarmos tudo isso num único 'arquivo'? Enquanto lia a notícia, lembrei do "Akira" (de Katsuhiro Otomo). O fato é que hoje em dia o homem está fazendo um caminho sem volta. Estamos nos tornando cada vez mais rasos de conteúdo, de idéias, de ações, de realizações e do fazer real, ou de discernir o limite entre os mundos real e virtual. Cada vez mais fazemos as coisas através da internet: compras, diversão, interações sociais. E eu, não seria hipócrita a ponto de dizer-me contra toda a coisa do mundo virtual, muito pelo contrário, e em certos aspectos sou até o que podemos chamar de usuário contumaz Mas, apesar de tudo, acho que está na hora de nos desligarmos um pouco, sairmos desta maluquice virtual, essa necessidade de ficar conectados 24 horas por dia. Já disse isso uma vez,e continuo acreditando , que estamos dependentes demais - cada vez mais - das máquinas, e dos gadgets, como smartphones,notebooks e tais. Desta forma perderemos nossa humanidade.

COMO SALVAR O PLANETA?

Nada ultimamente tem me deixado mais puto que este papinho besta de "salve o planeta" Ninguém percebe que isso é uma grande balela? Que só serve pra vender camisetas? Vamos pensar e analisar friamente toda a situação: Nosso planeta já esteve muito pior - em termos de toxicidade - do que está hoje. Apenas alguns milhões de anos atrás havia rios de lava quente, uma atmosfera repleta de gases tóxicos e continentes em constante acomodação (terremotos, maremotos e outras catástrofes naturais.) e ele sobreviveu. E acredite, vai sobreviver muito, mas muito mais tempo. O que temos que fazer é salvar a humanidade, isso eu até concordo - de certa forma - digo de certa forma, por que nós (a raça humana) é que somos os grandes responsáveis pelo processo de aceleração de desgaste do meio em que vivemos, produzindo toneladas e toneladas de lixo, desmatando absurdamente em nome do 'progresso', poluindo tudo o que encontramos pela frente para 'tornar o mundo melhor'. O que tem de haver não é um movimento do tipo 'salve o planeta' mas sim algo do tipo 'paremos de vender carros', 'paremos de destruir', 'de matar tudo que existe', pois o planeta vai continuar a existir, não da forma que conhecemos, é verdade, mas que vai continuar a existir é fato. Tomemos como exemplo um recente estudo realizado pelas agências espaciais do mundo e publicado recentemente, no qual se apontam evidências que num passado não tão distante assim (alguns milhões de anos) Vênus - o planeta mais próximo da terra - já teve condições de vida (habitabilidade) muito semelhantes a da terra, com uma atmosfera rica em gases capazes de suportar a vida (inclusive) humana. Em suma, todos os planetas têm um ciclo de vida, o do nosso está terminando e acredite, não há absolutamente nada que possamos fazer para reverter isso.Nosso planeta está se esgotando, isso é fato, assim como também a constatação de que um dia seremos apenas uma rocha inóspita e sem vida vagando pelo espaço em torno de uma estrela qualquer. VAMOS ACORDAR: A ÚNICA FORMA VERDADEIRA DE SALVARMOS O PLANETA É EXTINGUINDO A RAÇA HUMANA.

DESEJOS

tudo que sonhamos ser são homens na multidão...

RESGATES

Ontem voltei ao passado, até um lugar de paz. sem cortinas, sem janelas, sem paredes. sem nada ou ninguém, um lugar de onde uma distante referência me chamava à atenção me lembrando que por mais vazio e sozinho que esteja sempre haverá um quarto de solidão no escuro da sala e um retalho de seda branca sobre a cama.

REFERÊNCIAS

Diana, Dolores, Freak, Península, alemães,americanos, americanas, Terê, Teresa, Santa Teresa, molduras, janela sem cortinas, cortinas na janela, fita crepe, crepe de banana, banana com Nescau, Deedlit, grifos, cinema, teatro, mini séries, casa de cultura Laura Alvim, cultura inútil, verão, inverno seco em Brasília, festa junina, navios, veleiros, Maracanã, Fla x Flu......

SONHOS EM FITA CREPE

Era uma rua asfaltada, em curva. O poste à margem do asfalto, formava uma capa negra e uniforme. Era noite e ao lado do carro estacionado junto ao meio fio havia mais alguém. Pacientemente ele ia cobrindo a massa negra de pixe com uma fita crepe gigante, que devia ter cerca de meio metro de largura. À medida que ia colando a fita ao chão, ficava espantado e ao mesmo tempo feliz ao notar que a longa fita ia se curvando, de modo a se adaptar perfeitamente ao desenho da via, sem deixar nenhuma imperfeição, dessas que notamos ao se colar um durex ou algo semelhante em curva, era o asfalto ficando em tom de bege como que por mágica, algo que no mundo real era parecia impossível, que bem ali acontecia, diante de seus olhos e sem nenhum esforço. Ao ver tudo aquilo, ele olhou para a pessoa que ao lado do carro, sorria de felicidade ao perceber que ele finalmente começava a seguir algo que lhe fora ensinado. Naquele momento então ele percebeu que podia moldar o caminho como lhe conviesse.Seguindo o caminha que quissese.