O HOMEM E A INTERNET

Chego a comparar o homem de hoje a um doente terminal, que, moribundo sobre um leito hospitalar, sobrevive devido somente aos aparelhos. O que vemos hoje é uma civilização vegetativa, uma civilização que insiste em afirmar que o mundo on line é o melhor lugar para se viver e se trabalhar, uma civilização que já não dá mais valor para o sentimento real. Cada vez que ligamos nossos computadores, esperamos receber toda informação necessária para nos mantermos vivos, nos dando a ilusão de que estamos interagindo com o mundo que nos cerca, sem perceber que, na realidade, estamos cada vez mais deixando de pensar para nos render a um padrão eletrônico de processamento de idéias pré-concebidas. A globalização, o avanço tecnológico e o crescimento da informática vêm cada dia mais prejudicando o homem de forma irreversível no que toca suas relações interpessoais. Com o advento do E-mail e da comunicação instantânea, banalizamos a emoção que há em nossos corações, nos tornando não somente meros impulsos eletrônicos num complexo corredor de chips e fios, mas num simples pedaço de carne sedento por emoções cada dia mais vulgares. Buscamos satisfazer nosso desejo de forma superficial através de salas de bate papo, sexo virtual, web cams e outros artifícios cada vez mais comuns hoje em dia, nos esquecendo de viver a realidade. Libertemo-nos da ditadura virtual que a Internet tem nos forçado a viver. Não sejamos mais apenas impulsos eletrônicos numa tela fria de computador. NÃO AO ADMIRÁVEL MUNDO NOVO. Vamos fechar um pouco a WINDOWS e abrir a janela. A vida lá fora é muito mais colorida que se pode imaginar. Resgatemos a VERDADEIRA ESSÊNCIA HUMANA que arde em cada um de nós. Já está na hora de encararmos a realidade que tudo isso não nos levará a lugar algum, que a saída para o mundo é a volta do contato interpessoal físico.

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